
O caso aconteceu na noite de ontem (03), no estacionamento de um supermercado na rua General Carneiro, região central de Jacareí.
Segundo informações do boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para atender uma desavença envolvendo dois homens, de 31 anos e 22 anos e uma mulher de 25 anos.
Chegando no local, os policiais encontraram as vítimas, a acusada e duas testemunhas. Todos foram conduzidos ao plantão policial.
Na delegacia, o homem de 22 anos, funcionário do supermercado, relatou que a discussão se iniciou no estacionamento subterrâneo, pois a vítima estava em seu carro a procura de uma vaga, consequentemente bloqueando a
passagem da acusada, que também estava no interior de seu veículo.
De acordo com o homem, a acusada se irritou e começou a proferir ofensas contra a vítima, em seguida chamando-a de ‘macaco’. Além disso, passou a discutir com funcionários que intervieram na situação, chegando a dirigir a mesma ofensa racial a um deles, dizendo: “O que é que você tem a ver, seu macaco?”
Uma das testemunhas, também funcionária do mercado, confirmou a versão de seu colega.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, a segunda testemunha, irmã da acusada, afirmou que presenciou apenas o início da discussão, mas que não ouviu nenhuma injúria de caráter racial proferida, pois, no momento do ocorrido, estava ao telefone com sua filha, sendo informada da situação por funcionários do mercado.
O homem que estava dentro do veículo corroborou com a versão das demais partes a respeito do incidente, salientando que, no início da discussão, as injúrias foram mútuas, mas que não ouviu a injúria racial proferida, sendo informado a respeito do fato logo em seguida, por funcionários do mercado.
A acusada, por sua vez, corroborou com as demais versões a respeito do início da discussão, adicionando que teve
seu carro arranhado pela vítima e que ofendeu sim, mas nega ter dito qualquer
termo racista.
Após depoimentos das partes envolvidas, testemunhas e policiais, a acusada foi presa e em virtude da pena ser de dois a cinco anos, não foi arbitrada fiança.
Por isso, ela foi encaminhada ao centro e triagem de Caçapava, onde, até a elaboração do boletim de ocorrência, permanecia à disposição da Justiça.