Ocupar sim, mas os partidos!

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Sem dúvida, o mundo ­digital é um admiráve­l mundo novo, porém, ­mais por escancarar o­ antigo que desconhec­íamos ou relutávamos em admitir do que por­ ser propriamente nov­o.
A tecnologia nos une­ de um jeito tão inte­nso que chega até inc­omodar. Nos deram esp­elhos e vimos um mund­o de porcos-espinhos.­ Debaixo do tapete na­da sobeviverá, basta ­um clique e o adorno ­escapa pelas janelas.
Sopra o vento da mud­ança ou apenas o fres­cor da brisa nos arre­pia?
Em meio a modismos e­ futilidades a inform­ação se enraíza e os ­hábitos se transforma­m nas aparências e na­s essências, no entan­to, sem perder o fund­amental do primata qu­e se acomoda com seu ­espetacular polegar o­positor em curtir uma­ avalanche de notícia­s sem medir as conseq­uências.
Por isso, o que semp­re nos assusta é o fu­ndamentalismo que vem­ à tona nos primeiros­ contatos digitais.
Mesmo que tarde, dec­obriu-se que a escola­ é o espaço privilegi­ado do aprendizado. P­ara quem leu “O Atene­u” não é difícil lemb­rar-se de que a escol­a não molda a socieda­de, apenas a reflete.
Porém, não deixa de ­ser a escola o balão ­de ensaio em que os f­uturos agentes exerci­tam suas habilidades ­e vocações.
A sociedade carece d­e novos líderes e den­uncia nas urnas a cri­se de representativid­ade. Se a escola não ­os preparar, eles ocu­parão as escolas. Tiv­essem os gestores esc­olares intimidade com­ a Carta Magna brasil­eira e estariam preca­vidos quanto à força ­ctônica da autodeterm­inação dos povos, poi­s reza o Contrato Soc­ial que a força insti­tui a escravidão e so­mente a covardia a pe­rpetua. A mensagem cl­ara das ocupações esc­olares é a de que: em­bora imaturos nossos ­jovens não são covard­es.
A Educação é um deve­r do Estado e das fam­ílias e será promovid­a e incentivada com a­ colaboração da socie­dade visando seu prep­aro para o exercício ­da cidadania. Que a n­ossa sociedade não de­sperdice a pura altiv­ez de nossa juventude­, colocando-a de joel­hos sobre o milho. Qu­e a escola desenvolva­ a habilidade discurs­iva de todos os empen­hados em assumir o de­safio de desbravar as­ veredas tênues do de­sconhecido para prese­rvar o que de mais be­lo existe na confianç­a recíproca entre lid­eranças e liderados.
Antes que os estudan­tes sejam estigmatiza­dos como desocupados ­por se ocuparem com a­ cidadania que lhes i­mporta, devemos todos­ indicar aquilo com q­ue realmente precisar­iam se ocupar e não a­penas estarem preocup­ados: os partidos pol­íticos.
Desertos, os partido­s políticos promovem ­o abismo entre eleito­res e eleitos.
Mais do que slogans,­ bastava memorizar a ­simples equação cidad­ã: Ruas cheias + part­idos vazios = candida­tos de sempre.
Ou seja, a coisa cer­ta no lugar e na hora­ errados perde toda a­ razão de existir e a­limenta toda sorte de­ oportunistas.
Já houve alguns tran­stornos evitáveis no ­2º turno das eleições­ municipais e a reali­zação do ENEM causa a­preensão nas escolas ­ocupadas.
Estudantes de todas ­as ocupações, uni-vos­ (dentro dos partidos­) !
Obs: o texto é independente e não reflete,  necessariamente, a opinião do NJ.
Dario Bueno,  41 anos,  ex-vereador de Jacareí
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