
Assim como outras agremiações do país, o São Paulo é um clube rachado politicamente. E esta divisão entre correntes internas no Morumbi pode afetar até o uniforme da equipe. Em uma ação levada à Justiça, conselheiros da oposição querem proibir o time de vestir o terceiro uniforme. A alegação é que a utilização de qualquer cor que não seja o branco, o vermelho e o preto vai contra o estatuto do clube:
– A perplexidade, ante o absurdo acontecimento, e a justa repulsa da coletividade são-paulina exigem a pronta inviabilidade da utilização presente ou futura de outro uniforme sem as cores, símbolos e o Emblema isósceles acolhidos desde a fundação do Clube e mantidos na refundação – afirma a ação.
O problema com a camisa, naturalmente, tem motivações fortemente políticas. Para os oposicionistas, o modelo em amarelo não é uma coincidência, visto que o grupo político de Carlos Miguel Aidar, antigo presidente tricolor, por muito tempo utilizou a cor em sua militância dentro do clube:
– Prevaleceu na infeliz escolha a vontade espúria. Proveitos econômicos não destroem ou compram a tradição do Tricolor Paulista e da legalidade. Mais do que injustificável, é intolerável, pois, sintomaticamente, a cor amarela há tempo é usada como símbolo de propaganda em movimentos eleitorais do grupo atualmente dominante do São Paulo Futebol Clube – segue a ação.
Entre os autores da moção judicial estão Newton Ferreira, o Newton do Chapéu, eFrancisco de Assis Vasconcellos Pereira da Silva. Ambos participaram uma ação anterior, que visava anular o estatuto e depor a atual diretoria são-paulina.
*por Redação