
Os trabalhadores da General Motors podem paralisar as atividades da fábrica de São José dos Campos, caso a empresa continue realizando demissões na unidade. A decisão foi tomada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, na manhã desta quinta-feira (16).
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, semanalmente a empresa vem demitindo trabalhadores a “conta-gotas”. Desde maio, mais de 40 já foram demitidos. Por outro lado, ainda segundo o sindicato, a GM está contratando aposentados que nunca trabalharam na companhia.
Os metalúrgicos também denunciam a extensão de até duas horas na jornada diária e a constante convocação para trabalhar aos sábados. Enquanto isso, muitos trabalhadores demitidos pela montadora no último período continuam desempregados.
“A empresa está agindo de má-fé. Queremos uma reunião para discutir o assunto e exigimos que a GM cumpra o acordo”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Renato Almeida.
Em assembleia, os metalúrgicos também exigiram o fim das horas extras, das demissões e que a montadora garanta a estabilidade no emprego. O Sindicato também cobra da empresa o cumprimento do acordo assinado em 2013, que prevê o investimento de R$ 2,5 bilhões na planta de São José dos Campos.
A assembleia contou com a participação de cerca de 3 mil trabalhadores do primeiro turno.