
Na manhã desta segunda-feira (02), o leitor Douglas Gonçalves entrou em contato com a equipe de jornalismo do NJ, com um relato sobre o que ele acusa de descaso do convênio Ativia com sua família.
De acordo com Douglas, há alguns meses sua irmã sofre de depressão profunda. Ela tentou cometer suicídio e foi internada na UTI do hospital Alvorada. Após alguns dias na UTI, ela foi encaminhada para o quarto para continuar o tratamento. “Quando estava no quarto, ela recebeu uma notícia ruim e o quadro piorou. Ela teve convulsão e precisou ser encaminhada para a UTI novamente”, afirma o irmão da paciente.
Ainda segundo ele, da UTI, sua irmã foi encaminhada para o hospital psiquiátrico Chuí. No local, ela ficou internada 30 dias, com tratamento intensivo onde o médico relatou que ela estava progredindo. Após esses 30 dias, a família foi chamada para buscá-la, pois segundo informações de Douglas, o convênio Ativia não cobre o tratamento por mais de um mês. “Fomos informados pelo médico que o quadro é muito grave e ela não tem condições de sair. Ela me falou que estava com medo de voltar para casa”, contou Douglas.
Para que a paciente continuasse internada, a família deveria pagar uma diária de R$ 400, até o tratamento acabar. “Nós não temos esse dinheiro. Procuramos o convênio e não souberam nos explicar. Procuramos o hospital Alvorada, e nos disseram que não podiam fazer nada. Eu e meus pais nos sentimos abandonados, jogados na rua. Pagamos um convênio que não cobre o tratamento. A gente não sabe o que fazer”, explica.
Nesta madrugada, após receber alta, ela tentou suicídio no banheiro de sua casa, teve convulsões e foi socorrida pelo Samu.
Entramos em contato com o Convênio Ativia.
Veja a resposta na íntegra:
“A Cliente foi internada no Chuí Instituto de Psiquiatria na cidade de São José dos Campos, no período de 01 à 30 de setembro de 2017 conforme previsto em seu contrato de Plano de Saúde.
De acordo com a cláusula contratual, conforme a ANS, poderia permanecer no mesmo Hospital para tratamento Psiquiátrico, por tempo indeterminado através de pagamento de coparticipações de 50%, ou seja, a Operadora arcaria com os outros 50% das diárias contratuais mantidas com o referido Hospital Psiquiátrico.
O Hospital Psiquiátrico a qual a paciente encontrava-se em tratamento, informou para os familiares a coparticipação ora prevista, porém os mesmos optaram por retirar a cliente do Hospital segundo informações da administração do mesmo.
No momento da saída foram orientados a procurar o Serviço da saúde Mental ou o Hospital Francisca Júlia.
Importante ressaltar que em nenhum momento os familiares da cliente procuraram a Operadora para esclarecimentos e orientações, porém de qualquer forma ficamos a inteira disposição dos familiares para esclarecer as dúvidas que forem necessárias”.