
O Grande Prêmio dos Estados Unidos volta em 2015 para sua 4º edição no COTA, o Circuit of Americas, em Austin, capital do Texas. A prova deste domingo (25) tinha um fator incomum e bem complicado: a chuva provocada pela mega tempestade e quase “furacão” Patrícia, que passa pela região texana. Para se ter ideia o treino classificatório foi realizado neste domingo, poucas horas antes da largada, dando à Nico Rosberg, alemão da Mercedes, a pole.
Apesar das ameaças, a chuva não deu as caras na corrida, apenas deixou a pista úmida em seu início, mas secando poucas voltas depois. Largando em 2º, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, foi bem agressivo para assumir a ponta e travar boa batalha com o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, até a pista secar por completo, e sua Mercedes voltar ao ótimo rendimento de sempre.
Na largada também tivemos o toque de Felipe Massa, brasileiro da Williams, no carro do espanhol Fernando Alonso, da McLaren, e ambos rodaram. Massa teve um problema em sua suspensão, e não durou muito na prova americana. Já Alonso conseguiu levar o carro até o fim da prova.
Nico Rosberg largou mal como de costume, e perdeu posições para os carros da Red Bull e também para o mexicano Sergio Perez, da Force India, mas este não se manteve por muito tempo a frente do alemão. Na 2ºvolta o brasileiro Felipe Nasr tocou no carro de seu companheiro de Sauber, o sueco Marcus Ericsson, e perdeu parte de seu bico, tendo que trocá-lo. Os detritos deixados por essa batida na curva 1 deram o 1º Virtua Safety Car da corrida.
Na bandeira verde, Rosberg conseguiu passar os 2 carros da Red Bull, mas acabou errando na 1º curva pouco tempo depois e abriu espaço para os carros da equipe austríaca de novo. Ricciardo aproveitou melhor a chance e além de passar Kvyat e Rosberg, pressionou e passou Hamilton, assumindo liderança da prova.
Primeira rodada de box para os líderes, e Hamilton foi o primeiro a parar, uma vez que seus pneus intermediários já não ajudavam em uma pista cada vez mais seca. Se seguiram Kvyat, Ricciardo e Rosberg, este que assumiu a liderança da prova após todos pararem.
Na volta 23, o motor de Ericsson o deixou na mão na reta oposta e em posição perigosa, obrigando a direção de prova a colocar o Safety Car na pista. Nesta altura da prova, quem decidiu entrar na briga pelo pódio era o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, que buscava empurrar a decisão do campeonato para a 17º etapa, no México.
Os carros da Red Bull tinham problemas com pneus na pista seca, e após relargada, foram ultrapassados pelo holandês Max Verstappen, da Toro Rosso, que trouxe consigo o alemão Nico Hulkenberg, da Force India. Na tentativa de brigar pela posição, Ricciardo e Hulk se tocaram, e o alemão levou a pior, tendo a suspensão dianteira direita quebrada, e o Virtual Safety Car é acionado, para que o carro dele fosse removido no canteiro da pista.
Nova relargada, e naquele momento Hamilton era líder e Vettel era 2º, tendo Rosberg, Ricciardo, Kvyat e Verstappen parado durante o VSC. Poucas voltas nesta configuração e o russo da Red Bull decidiu dar uma movimentada na prova, quando rodou ao tocar faixa sintética após a zebra e bater de frente na entrada dos boxes. O Safety Car entrou na pista e os líderes aproveitaram para fazer seus pits rapidamente.
Última relargada e Rosberg carregava o pelotão com Hamilton, Vettel e Verstappen. Ricciardo após paradas, perdeu muito rendimento e figurava lá no fundo do pelotão, junto do americano Alexander Rossi, da Manor. Nas voltas finais, o pelotão da zoan de pontos começou a ficar muito movimentado, com espanhol Sainz Jr atacando as 2 McLarens do inglês Jenson Button e de Alonso; Perez recuperando terreno e buscando o 5º lugar; além de Nasr e o venezuelano Pastor Maldonado, da Lotus, tentarem salvar alguns pontos em suas péssimas corridas.
Quase no fim da prova, Rosberg cometeu erro bobo, destracionando o carro em uma saída de curva e isso custou caro demais, perdendo a liderança da prova para Hamilton e abrindo espaço para o final da disputa do mundial de pilotos, já que Vettel estava atrás dele e nesta configuração, Hamilton se sagrou tricampeão mundial de F1.
A zona de pontos fechou da seguinte forma: 1) Hamilton – ING Mercedes; 2) Rosberg – ALE Mercedes; 3) Vettel – ALE Ferrari; 4) Verstappen HOL – Toro Rosso; 5) Perez – MEX Force India; 6) Sainz Jr – ESP Toro Rosso; 7) Button – ING McLaren; 8) Maldonado – VEN Lotus; 9) Nasr – BRA Sauber; 10) Ricciardo – AUS Red Bull.
Destaque da prova para os vários abandonos dela: Will Stevens (ING Manor); Valtteri Bottas (FIN Williams); Romain Grosjean (FRA Lotus); Massa; Ericsson; Kimi Raikkonen (FIN Ferrari); Hulkenberg; e Kvyat. Tirando Hulk e Kvyat, todos os outros abandonaram por algum problema em seus carros. Tantos abandonos deram uma certa esperança de que Rossi conquistasse o 1º ponto da Manor em 2015, ainda correndo em casa. Mas tudo não passou de mera esperança.
Com título mundial decido para Hamilton, a F1 vai para o México voltar à correr no Autódromo Hermano Rodriguez, na semana que vem, dia 1 de Novembro. Após isso, apenas mais 2 provas para o fim do certame nesta temporada: Brasil e Abu Dhabi.
Mundial de pilotos após prova em Austin:
- Hmailton – ING Mercedes 327
- Vettel – ALE Ferrari 251
- Rosberg – ALE Mercedes 247
- Raikkonen – FIN Ferrari 123
- Bottas – FIN Williams 111
*Por João Luiz da Silva